ACT Promoção da Saúde lança segunda fase da campanha contra o tabaco

As peças apelam para a necessidade de reembolso pela indústria do tabaco dos gastos do país com saúde, como já é feito nos Estados Unidos, ainda mais neste período de pandemia.

“Enquanto nos EUA eles reembolsam, no Brasil eles embolsam.” Essa é a primeira peça da campanha criada pela agência 11:21 e assinada pela ACT Promoção da Saúde, para falar do quanto a indústria do cigarro deveria reembolsar ao Estado brasileiro dos gastos do SUS com as doenças relacionadas com o cigarro.

Esta conta ultrapassa os R$ 57 bilhões, valor bem acima do que as empresas pagam de tributos. Neste momento de pandemia do coronavírus, o país não pode mais abrir mão desse dinheiro. Como se sabe, os sintomas da Covid-19 são agravados pelo coronavírus. Já tramita, desde maio do ano passado, uma ação da Advocacia Geral da União que pede ressarcimento pelos custos gerados pelo tabagismo.

Nos Estados Unidos, uma ação de 20 anos atrás gerou um acordo que já acarretou em reembolsos de valores superiores a R$ 850 bilhões por ano, que essas mesmas empresas que atuam aqui pagam aos estados americanos.

Então porque no Brasil elas não pagam? Essa é a pergunta que a campanha quer deixar para discussão da sociedade.

“Cigarro: a indústria fica com os lucros, você paga pelos prejuízos” e “Eles dizem que pagam muito imposto, mas é só cortina de fumaça” são outras peças da campanha, que conta com mais de sete diferentes abordagens, desdobradas em posts, anúncios de mídia impressa, filme e spot de rádio. Graficamente, a campanha explora os títulos impactantes e a imagem de pessoas de máscara por trás das letras, representando profissionais de saúde e a própria sociedade.

A campanha terá veiculação no digital, em redes sociais, jornais, revistas, TV aberta e fechada e rádio.

Segundo Mônica Andreis, diretora executiva da ACT Promoção Saúde, “as empresas de cigarro precisam ser responsabilizadas pelos danos que causam, o Brasil não pode abrir mão deste recurso que é tão importante para a saúde e economia do país.

A veiculação começou no Dia Nacional do Combate ao Fumo, 29 de agosto. Segundo o CEO e CCO da 11:21, Gustavo Bastos, “Temos orgulho desta campanha como publicitários e como cidadãos. A campanha é forte, simples e impactante, é simplicidade criativa pura a serviço de um país mais justo e digno.”

O tabagismo é a principal causa de doenças crônicas não transmissíveis (doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas, cânceres e diabetes), responsáveis por mais de 74% das mortes no Brasil. Há mais de 50 doenças causadas pelo tabagismo. Também é a principal causa de mortes preveníveis no mundo e responsável por 12,6% de todas as mortes no Brasil. De acordo com estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (IECS), são 156.216 mortes anuais, ou 428 mortes por dia[2].

A mesma pesquisa, de 2015, estimou que o prejuízo causado pelo tabagismo é de R$ 56,9 bilhões, por ano. Desse total, R$ 39,4 bilhões são custos diretos, por gastos com despesas médicas, e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos, pela perda de produtividade, como incapacidade ou morte prematura. Para efeitos de comparação, a arrecadação de impostos sobre a venda de cigarros no mesmo período foi de R$ 13 bilhões. O déficit é de cerca de R$ 44 bilhões.

Saiba mais: contadocigarro.org.br

Sobre a ACTA
ACT Promoção da Saúde é uma organização não governamental que atua na defesa e promoção de políticas públicas de saúde, especialmente nas áreas de controle do tabaco e alimentação, fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), que são responsáveis por aproximadamente 75% das mortes no Brasil e no mundo.

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